O tomate produzido em Santa Catarina
ganha a mesa dos brasileiros por todo o país. A cultura agrícola é importante
para o estado, já que movimenta a economia como, por exemplo, na região
Meio-Oeste, onde estão as maiores áreas plantadas. Mas a atividade tem um
desafio: se tornar mais sustentável. Neste sentido é que a Epagri, através
da Estação Experimental de Caçador, desenvolve um trabalho de pesquisa que vem
avançando ao longo dos anos. A maior conquista veio no último dia 10 de
novembro, com homologação da norma técnica específica da produção integrada do
tomate no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A notícia foi comemorada pelos
pesquisadores que estão à frente desse trabalho. Eles vislumbram, a partir de
agora, uma produção mais sustentável, com custo menor das lavouras e tomates
mais saudáveis ao consumidor final. “Foram 13 culturas agrícolas que
tiveram a publicação da norma técnica de produção integrada, entre elas o
tomate de mesa, o que referenda o trabalho de pesquisa realizado principalmente
pela Estação Experimental de Caçador desde 2004”, comenta o engenheiro agrônomo
Walter Ferreira Becker.
Segundo o especialista, o documento
tem 15 itens que serão referência para a produção de tomate no Brasil nos
próximos anos. As bases vão desde a escolha do terreno, preparação do solo,
adubação, manejo de pragas e doenças, sistema de alertas, comercialização,
entre outras metodologias.
“O grande
destaque da produção integrada é o menor custo da lavoura, 35% menor do que na
produção convencional. Mas também há outros benefícios: segurança jurídica aos
agricultores em relação às questões ambientais e trabalhistas e alimentos
livres de agrotóxicos”, acrescenta Becker, lembrando que os agricultores que
adotarem as boas práticas terão acesso ao selo Brasil Certificado, através do
INMETRO, valorizando o produto no mercado.
A partir de agora o projeto entra na
quarta etapa, que é a formação da assistência técnica qualificada, para que a
metodologia chegue aos agricultores brasileiros. Na Itália, por exemplo, 97% do
tomate é de produção integrada e 3% orgânico.
Para o chefe da Estação Experimental
de Caçador, Renato Luis Vieira, a homologação da NTE reforça a importância do
trabalho de pesquisa da Epagri. “Com o apoio e investimentos do Governo de SC,
a Epagri tem contribuído as várias cadeias produtivas do setor agrícola, pela
geração de informações e tecnologias atualmente aplicadas pelo setor produtivo,
o que tem contribuído de forma expressiva para colocar o estado no cenário
nacional como referência na produção de frutas, hortaliças e vários outros
produtos agrícolas”, afirma.
Fonte: Epagri
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